SABER DE NÉCTAR
Faltou um quase nada:
um encontro a mais,
um qualquer-coisa que não se fez,
uma outra madrugada.
Faltou correr sob a chuva,
um beijo sem medo dos circunstantes,
o poder de perpetuar instantes,
um sabor de néctar ou de uva.
Faltou repetir as evidências
a confissão das minhas vontades
a supressão das reticências.
Ficou a certeza da felicidade,
a dúvida ante a insistência
e o gosto precoce da saudade.
As flores são raras como o poeta...
Um beijo e fiquem com Deus.
Vivi, escolheste bem! é um lindo poema. "Ficou [...] o gosto precoce da saudade" é belíssimo.
ResponderExcluirUma dúvida: o nome do poema é Saber ou Sabor?
Um abraço
Virgínia,
ResponderExcluirÉ uma honra, para mim, ter um poema em seu bonito blog, mormente assim, ilustrado com flores (berços de néctares), dos quais quero saber sempre pela via do sabor.
Beijo,
Luiz de Aquino
É saber mesmo. Segundo o poeta, quanto "saber" ou "sabor": "Ao conceber esse título, atribuindo a "saber" uma conotação com "sabor", exerci o que se tem por 'liberdade poética', calcada numa indicação filológica"(...) Yeda Schmaltz escreveu "saber de amora", com o mesmo propósito (...)
ResponderExcluirPortanto o termo está correto. Um abraço e obrigada pela visita e comentário.
Vivi
Vivi, bela pedida! O Luiz é um grande escritor, poeta e amigo querido!Para mim sempre será o único e verdadeiro poeta das 'várias Marias' espalhadas por aí. Beijo Vivi! Beijos Luiz!!
ResponderExcluirQue emoção, Bethânia! Você é muito, muito especial no meu coração!
ResponderExcluirLindo
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